sábado, 4 de setembro de 2010

A Força da União Européia

por Daniel Tenius

Parecia não haver solução para a crise da UE, pelo menos até a metade da 4ª Sessão do Conselho Europeu. A grande maioria dos países continuava com a mesma postura, ou seja, não aceitavam de maneira alguma a saída da Grécia. Além da dívida grega com a própria UE, o argumento mais marcante foi sem dúvidas o nacionalismo, ou melhor, o “continentalismo”. Para muitos, a saída grega, poderia desencadear uma total desintegração da UE, o que seria uma vergonha inigualável.

A crise é tão grande que, a Comissão Européia, por meio de seu Presidente, se mostrou muito preocupado, pedindo rápidas soluções. No debate, o país mais procurado foi a Alemanha, que como a maior potência do bloco, poderia resolver o problema, entretanto o argumento era de que nada poderia ser feito até que se chegasse a um relatório de quanto deve ser gasto para se reerguer os bancos, relatório este que seria entregue no final da sessão.

Enquanto isso, os delegados discutiram bastante a parte de cada um no pacote de ajuda. A surpresa veio de países de economia mais baixa, como a República Tcheca, que disse poder fazer esforços para não deixar a responsabilidade toda em cima da França e da Alemanha.

Faltando menos de meia-hora para o fim da sessão a Secretária Geral, Giovanna Perim, trouxe o relatório do preço de ajuda aos bancos para que não quebrassem. O preço estipulado era de 1 BILHÃO DE EUROS, sem contar as ajudas sociais, ou seja, esse dinheiro seria só para ressuscitar os bancos. Porém, um acordo entre Alemanha, França e Suécia ofereceu um novo pacote, de 10 bilhões de euros para ajudar também na questão dos 40 milhões de desempregados. Enfim, parece que a União Européia mostra uma força que nem mesmo ela acreditava.

Nenhum comentário:

Postar um comentário