por Karina Sarti
Os diretores do Security Council (SC), Caio Andrade e Pedro Rychter, alunos do CSI, iniciaram hoje, às 8h, a primeira sessão. Os documentos inicias foram lidos e as posições das nações presentes mostram claramente que existem divergências. As primeiras negociações colocaram em evidência os polêmicos níveis de enriquecimento de urânio no Irã, que estariam em torno de 20% (5% é o nível necessário pra o uso em usinas nucleares e 90% para a fabricação de bombas nucleares). As delegadas dos Estados Unidos e da França questionaram o porque desse nível e os delegados do Irã garantiram que o uso de energia atômica em seu país é feito somente para fins pacíficos. Outro ponto relevante que ocupou parte das discussões foi a aversão da delegação iraniana à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Quando questionados, os delegados do Irã afirmaram que seus motivos para não confiar mais na AIEA são fundamentados na Guerra do Irã com o Iraque, na qual o Irã pediu para a Agência investigar o Iraque, solicitação essa que não foi atendida, desencadeando forte repulsão iraniana à organização autônoma das Nações Unidas. Algumas nações se mostraram favoráveis à criação de uma nova Agência ou até mesmo à reformulação da antiga. Segundo essas nações, isso resolveria a problemática do sistema de supervisão do uso de energia atômica no mundo, uma vez que o Irã já afirmou que aceitaria a supervisão desse nova organização, o que provavelmente poderia vir a acalmar os ânimos de alguns países que se mostram aflitos com a possibilidade do Irã possuir armas atômicas.
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