domingo, 5 de setembro de 2010

Momento de turbulência no pacífico PNUMA

por Carolina Starling

O debate está acalorado no PNUMA. A delegação do Greenpeace propôs políticas de redução da emissão dos gases de efeito estufa, e essas políticas causaram incômodo a algumas delegações. A principal preocupação das delegações que se colocam contra essas políticas é econômica, pois temem que as mesmas afetem drasticamente suas economias e, muitas vezes, sem real conhecimento do que as políticas significariam. Os países em sua maioria parecem acreditar em políticas mais suaves, com um prazo de aplicação de vinte anos. O Greenpeace, no entanto, salienta que em vinte anos o efeito estufa já estará num estágio praticamente irreversível e sugere que se adotem incentivos fiscais aos carros menos poluentes, e que se sobretaxe os carros muito poluentes. Já os outros países, liderados pela Argentina, acreditam que a solução para que carros menos poluentes sejam utilizados ao invés dos atuais é a reeducação por meio de projetos que atuem desde Ensino Fundamental.

Essa delegação também defende que os preços das passagens de ônibus não devem ser reduzidos, como propoe o greenpeace, pois mais pessoas pobres os utilizariam, então os ricos, que utilizam carros poluentes, não se sentiriam estimulados a se locomover por transporte público. Sugere que, ao invés da redução de preço, se faça propaganda para que quem tem carro passe a pegar ônibus.

Para o Greenpeace é mais fácil propor essas medidas, por alguns vistas como radicais, pois eles não são um Estado, não tem todas as preocupações de um Estado. Porém, por outro lado, as delegações de alguns países parecem estar em demasiado preocupadas com a questão econômica, com não desagradar os grandes empresários e as minorias mais ricas de seus países. Sobre este tópico, transportes, não houve consenso.

Substituição das lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes

O comitê passou em seguida a um tópico menos polêmico, a substituição das lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes. Algumas medidas já estão sendo tomadas pelos países para que tal substituição aconteça e a proibição da fabricação de lâmpadas incandescentes já é considerada. Além disso, haveria a substituição das lâmpadas utilizadas na iluminação pública.
Foi sugerido pelo Greenpeace que casas populares sejam construídas já com uma proposta ecológica, de reaproveitamento de água (água do banho utilizada nas descargas, por exemplo), e captação de energia solar. Os países parecem estar de acordo com isso, não só como medida de prevenção de danos ao meio-ambiente, mas também como medida de conscientização da população, além da diminiução dos custos de manutenção das casas, que seria significativa.

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