domingo, 5 de setembro de 2010

Entrevista com delegação do Irã no Security Council

Depois que a crise já foi amenizada no Security Council, quer dar uma olhada no que pensavam os delegados do Irã antes de começar a ONU Colegial?

Entrevista feita sábado, dia 04/09, por Carolina Starling


Qual é a sua posição a respeito da questão nuclear?

Eric: Nós proibimos as vistorias do IAEA porque eles são tendenciosos e manipulados pelos EUA. Reinvindicamos que um outro órgão para nos regular seja criado.

Vitor: Durante a guerra do Irã contra o Iraque, nos anos 80, esse último bombardeou instalações militares iranianas com mísseis franceses. O Irã solicitou que a IEIA vistoriasse essas instalações para confirmar que o ataque realmente ocorrera. No entando, a IEIA se recusou a fazer tal vistoria. Por conta do ocorrido, o Irã cortou relações com essa agência. Em 1992, aliás, o IAEA fez uma vistoria em nossas intalações nucleares e declarou que todas as atividades ali praticadas tinham fim pacífico.

Eric: O Irã viveu uma ditadura, que teve o auxílio dos EUA para se estabelecer. Nós derrubamos essa ditadura e, desde então, nosso país vem sofrendo sanções, em grande parte orquestradas pelos EUA. Por
exemplo, nós costumávamos comercializar urânio com a Argentina. A troco de nada, os Estados Unidos fizeram pressão para que esse comércio fosse interrompido e isto ocorreu.


E qual é a proposta de vocês para resolver este impasse com a IAEA?

Eric: A nossa proposta é que uma nova agência de regulamentação seja criada, coordenada pela ONU, na qual os EUA não tenham um influência tão forte.


Qual o uso que os senhores fazem de suas usinas nucleares?

Eric: O Jihad proibe o ataque, então nossos objetivos são sempre defesa e métodos pacíficos (tratamentos medicos e geração de energia).
Vitor: Empresas estrangeiras de energia não são confiáveis, além disso o Jihad prega que o Irã deve ser construído pelos próprios iranianos, então precisamos produzir nossa própria energia.


Obrigada, delegados.

Vitor e Eric: Allah!

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